Austrália, Hervey Bay - Noosa

Quando o despertador tocou às 6h da manhã, chuvia tanto, o vento sopráva tão forte, que decidimos trocar de programa.

Organizámo-nos para ir a Fraser Island, uma ilha aqui na Gold Coast, com lagoas de água doce que reflectem o azul do céu, dingos (cães selvagens) a circular e a marcar o seu território e tubarões nas praias impossibilitando uns banhos de água salgada. Até parece um destino a evitar, mas as imagens são tão paradisíacas e quem lá foi diz que quer lá morrer. Sendo o céu ou não, com a tempestade que se previa e as entradas na ilha a custarem os olhos da cara, decidimos evitar ter uma imagem triste e cinzenta da ilha e combinar uma futura visita com alguém que nos queira acompanhar.

Assim sendo, fizémo-nos à estrada em direcção a Noosa Heads, dica dada pelos portugueses residentes na Austrália que conhecêmos na Tailândia e por uma brasileira que conhecêmos em Airlie Beach.

A paisagem muda radicalmente de kilómetro a kilómetro; às vezes seca e deserta, outras vezes com árvores verdes e carregadas de clorofila, outras árvores caducas, mas muitas vezes, paisagens ardidas e quase mortas nas rectas infindáveis que ligam o fim do mundo a lado nenhum.

Entre uma recta bem longe de qualquer vilarejo, encontrámos esta árvore seca com sapatos pendurados. Não percebemos qual a razão, mas tivémos que tirar uma foto pelo insólito que era.

Andámos pelo parque natural de Cooloola e fomos até Rainbow Beach, onde o mar entra literalmente terra a dentro e vimos o pulsar desta terrinha que se ritma pelas marés, à espera de sairem para o mar, ou mesmo da onda perfeita para surfar. Nada de stress, aqui a natureza é que manda.

A água estava só a 23º, claro que não é uma temperatura aceitável para todos. Houve quem ficasse em terra firme a tirar fotos a quem foi experimentar a água.

Lá chegámos a Noosa Heads, vila super trendy, com uma parte mais estilo Armani com lancha à porta de casa e outra zona mais estilo surfista com praias para todos os niveis de praticantes, uma vez que aqui são consideradas as melhores ondas da Austrália.

Não há quem se sinta mal; há o rio, o mar, as praias, a floresta, os restaurantes com muito bom ambiente, tudo conjugado com o espírito descontraído típico australiano. Não há como não adorar!

O dia não melhorou desde manhã, a chuva apenas deu um descanso suficiente para explorarmos a floresta que ladeáva as várias praias, quase todas desertas, dado o fraco swell.

No regresso do nosso passeio, já a correr para não ensoparmos com a chuva que estava a cair, vimos o nosso primeiro Koala no seu habitat natural. Que loucura! Estas animais dormem 22h por dia, enrolam-se e encaixam-se nos troncos das árvores altas e lá ficam.

Mais à frente, vimos o nosso 2º Koala e desta vez, bem acordado! Mesmo com a chuva que caía com muita força (o que deve ter feito acordar o Koala), lá conseguimos tirar uma imagem para mais tarde recordar. Claro que neste momento esquecêmo-nos do nosso material não à prova de água e lá ficámos a admirar os lentos movimentos deste animal tão estranho para nós.

Não houve melhor maneira de acabarmos o nosso passeio!
Amanhã terminamos a nossa road-trip em Cairns-Brisbane e até lá ainda deve dar para explorarmos mais um ou outro canto deste lado da Austrália