Thursday, November 19, 2009

Cambodia, Siem Reap, Solidariedade

Decidimos prolongar a nossa estadia neste lugar tão envolvente. Siem Reap é uma cidadezinha arrumada e preparada para receber turistas, sem ter coisas demasiado turísticas. Podíamos estar numa vila do nordeste brasileiro com restaurantes com muito bom ambiente. A diferença é que o povo aqui é bastante mais pobre, mas muito trabalhador.
De manhã fomos visitar um espaço chamado "Artisans de Angkor". Aqui faz-se todo o tipo de artesanato perfeito, mas principalmente sedas. Esta instituição acolhe mulheres orfãs e ensina este tipo de ofícios. No fim, pode-se comprar o que se quiser. Nós, comprámos um lenço de seda.
Pudemos ver todo o processo de fazer a seda, desde os bichos aos casulos. Aprendemos que cada casulo tem à volta de 400 metros de fio de seda. Incrível.


Uma coisa engraçada que vimos já na estrada, foi as bombas de gasolina e as suas respectivas lojas de conveniência. A gasolina aqui está armazenada em garrafas de todo o tipo de bebidas.

Depois do almoço fomos ver a vila flutuante. Esta vila captou-nos logo a atenção porque a vimos do ar quando estávamos a chegar a Siem Reap.
Ao chegar reparámos na pobreza crescente que nos impressionou.

Fomos dar uma volta de barco para conhecermos a vila no seu esplendor. No barco, fomos conduzidos por umas crianças que nos explicaram o difícil que é viver nesta vila. Aqui vivem 4000 pessoas, cada mulher tem à volta de 7 filhos e muitas delas morrem a tê-los, uma vez que não costumam ir ao hospital para os ter. Todas as crianças têm de trabalhar antes de irem para a escola para terem dinheiro para comprar livros e material escolar.




A igreja flutuante e casa do povo. Foi o único espaço católico que vimos desde que saímos de Portugal...
As crianças vieram ter connosco para nos venderem coisas, tudo a 1 dóllar. Lógico que não resistimos em ajudar. O lanche foi bananas e Coca-Colas para toda a tripulação. (À falta de Singha...)


O nosso guia estuda de manhã, trabalha à tarde nos barcos e estuda inglês à noite. O sonho dele é tirar um curso para ganhar dinheiro e um dia dar a volta ao mundo!


Os crocodilos foi só para turista ver, mas estavam bem integrados neste ambiente...
Passámos pela escola e não resistimos em oferecer cadernos e lápis aos alunos que nos receberam da melhor maneira, depois de termos interrompido a aula.



No meio desta pobreza não vimos fome nem tristeza. Foi mesmo importante termos vindo aqui.

8 comments:

  1. Se puderem vão passar uns dias ate Battambang. Podem fazer a viagem por barco (sao 12 horas) que e muito bonita, pois atravessa todo o lago de TonleSap, passado por imensas dessas aldeias flutuantes - e um passeio magico.
    Abracos

    Xanoca

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  2. fabuloso!...

    mesmo uma pequena grande parte desta vossa viagem espetacular!

    nem "consigo esperar" pelo proximo episodio....


    bjs


    Barbosa

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  3. Que capítulo LINDOOOOOOOOOOO!!!

    Bjos

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  4. Alto pára o baile!!!!!...

    devo andar a dormir!

    da tailandia não iam directos para o vietnam??!

    alteraram as regras a meio e não informam os fas?!... isto não pode ser, deviamos ter opinião relativamente ao plano inicial: Japão-tailandia-vietnam-argentina-nova zelandia-bora/bora-ilha pascoa-chile-argentina-panama-miami-california-NY

    vamos a ver se dia 7/1/2010, "ai e tal, afinal decidimos fazer um desviozinho e estamos em iceland...temos pena mas não vamos poder estar em NY, como combinado"

    a ter juizinho!


    .....


    barbosa


    barbosa

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  5. O Manel esteve a ver este post comigo e diz que o Cylon deve ter aprendido alguma coisa com esses meninos...Pelos vistos já captou o ponto central da vossa viagem!
    E onde é que arranjaram os cadernos e lápis para oferecer?

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  6. Ainda bem que o nosso blog tem uma parte didática..
    Esta claro que compramos os cadernos na loja de conveniência mais próxima que se encontrava a 0,30 milhas náuticas da escola!!

    Abraços

    JM

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  7. Obrigada por me terem "levado" com vocês...
    Estou a adorar e não perco um episódio!
    Muito bom!!!!
    Beijos gds
    Débora

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  8. É muito parecido com o norte brasileiro....Algumas cidades do Pará, Amazonas, Amapá.

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